O seu papel como diretor de uma entidade esportiva gira muito em torno dos princípios básicos da governança corporativa, certo? Uma publicação do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) apresentou um artigo que cita os principais alicerces que englobam essa atuação.
Dentre eles, a prestação de contas é o principal fator. Ela é encarada como indispensável para a prosperidade de empresas. Como é sabido, essa prática garante uma administração prudente e transparente. Sendo assim, no caso das entidades esportivas, não seria diferente.
Mas, será que você está dando igual importância para o os demais fatores que envolvem a governança corporativa? Se você também quer assegurar a continuidade, prosperidade e evolução da entidade que administra, deve ficar atento às propostas a seguir.
Comprometimento com a inovação
Você diria que administra sua organização de maneira inovadora? A inovação também é um dever essencial que precisa ser cumprido por você. O motivo disso, é que organizações precisam tem um alto nível de adaptabilidade para prosperar. Dessa maneira, partindo do princípio de que seu papel é fazer com que a entidade esportiva evolua, a inovação se torna sua maior aliada.
Sem flexibilidade e capacidade de se recompor em um novo cenário, os resultados e a performance de uma entidade esportiva certamente serão prejudicados. Diante disso, o seu grande desafio é aplicar essa característica em diversos âmbitos. Desde os processos rotineiros da organização, até as práticas de atualização das estratégias e a aplicação de medidas.
Percebe, então, como a inovação não funciona de forma isolada nem limitada? Por essa razão, de acordo com o estudo do IBGC citado, você precisa se atentar a um aspecto específico. Neste caso, é preciso garantir uma governança corporativa que abra espaço para uma cultura intimamente atrelada à inovação. O autor do artigo, Thomas Clarke, ainda ressalta: o comprometimento com a inovação contínua é o segredo para uma organização dinâmica.
Um outro artigo apresentado na mesma publicação, cuja autora é Ana Siqueira, aponta a importância dessa cultura. Focar nesse DNA continuamente, e não somente em momentos de crise, é o que gera valor e protege a organização. Por esse motivo, uma cultura que incentiva a constante busca por inovação garante maior resiliência dentro e fora de contextos de crise.
Sofisticação da estratégia
Um estudo citado por Fabio Cunha, Diretor Técnico-Científico da Associação Desportiva de Guarulhos, indicou dados relevantes. Estes, por sua vez, se relacionavam com os aspecto estratégico da governança corporativa em entidades esportivas.
Dos 27 clubes do futebol brasileiro estudados, aquele com maior índice de Governança Corporativa chegou apenas aos 45%. O que será que essas entidades precisam aprimorar em suas estratégias?
Coaching para executivos: uma estratégia de crescimento para as corporações
Clarke tratou desse tema na publicação do IBGC. Segundo o autor, a formulação de estratégias para administrar uma organização também está bastante conectada com o princípio da inovação. Assim como em empresas, é ela que fornece recursos para monitorar o presente se preparar para o futuro. Nesse âmbito, o ideal é estabelecer uma estratégia capaz de guiar os componentes da organização para um mesmo objetivo, mantendo o espírito de inovação visto anteriormente.
Em concordância, Cunha ressalta que “as práticas dos conceitos de Governança Corporativa e transparência na administração é que poderão ocasionar mudanças efetivas e eficazes na organização das entidades esportivas”.
Como exemplo, ele cita a existência de clubes com menos recursos financeiros que atingiram resultados extraordinários.
Cunha contrasta esse exemplo com o de “equipes com melhor estrutura, recursos financeiros superiores e mais tradição” que não foram capazes de conquistar grandes títulos. Sendo assim, fica claro que a aplicabilidade da inovação nas estratégias é um grande diferencial. Além disso, ela está diretamente ligada a capacidade de uma organização esportiva de ter êxito na performance.
Thomas Clarke faz apontamentos que concordam diretamente com esse exemplo. Segundo ele, o diretor precisa ter essa capacidade de enxergar além dos recursos financeiros, e buscar outros indicadores. A partir daí, usá-los para “maximizar o valor sustentável de longo prazo da empresa”.
Aprimoramento da liderança
O último alicerce da governança corporativa tratado por Clarke na publicação do IBGC é o fator da liderança. A habilidade de liderança, segundo o autor, envolve a “capacidade de compreender os riscos socioeconômicos e ambientais globais complexos e as tecnologias emergentes.”
Neste ponto, vale a pena adicionar ainda que, quando se trata de liderança, a inteligência emocional é tão importante quanto as capacidades técnicas e um bom nível de QI. David McClelland, pesquisador do comportamento humano e organizacional, fez essa descoberta em 1996. Seu estudo apontou que o quociente emocional afeta diretamente no desempenho eficaz de um líder.
São as suas capacidades pessoais que impactam na performance da organização. Neste caso, estão incluídas as habilidades de caráter:
- técnico;
- cognitivo;
- emocional.
Nesse sentido, a inteligência emocional se mostrou duas vezes mais impactante no desempenho de líderes em relação às demais. Diante disso, com certeza você está se perguntando: em que consiste então essa capacidade emocional? Atualmente, sabe-se que ela é composta pela seguinte estrutura:
- Autoconsciência;
- Autogestão;
- Empatia;
- Habilidade social.
Certamente, com esta leitura, você identificou a grande relevância de inovação, boas estratégias e alta capacidade de liderança para o aprimoramento da governança corporativa. Assim, a empresa pode crescer de forma saudável. Está na hora de profissionalizar os líderes e gestores de instituições esportivas para alcançar esse objetivo, aliando técnica e conhecimento, de forma prática e eficiente. Existem ferramentas de coaching que podem te ajudar nessa missão! Que tal saber mais sobre isso? Leia esse artigo sobre o Executive Coaching!